Confira 6 dicas de planejamento financeiro para comprar o imóvel próprio
Comprar o primeiro imóvel é um objetivo que exige pesquisa, paciência e um excelente planejamento financeiro. Por ser um investimento alto e duradouro, é necessário ter bastante disciplina e organização para que a aquisição seja feita sem prejudicar a rotina e comprometer grande parte da renda individual ou do casal.
Se planejar financeiramente é essencial para entender os gastos na compra de imóvel em curto, médio e longo prazo, encarando todas as taxas e ajustes e encaixando todos esses custos no seu orçamento mensal. A cultura da economia e a mudança de hábitos poderão ser complicadas no início, mas serão fundamentais para conquistar seu patrimônio rapidamente.
Neste post, explicaremos o que não pode faltar em um planejamento financeiro e daremos dicas de como fazê-lo para trazer o sonho da casa própria para perto. Confira!
1. Entenda seus gastos
O primeiro passo para se planejar financeiramente e conseguir economizar é entender bem todos os seus gastos rotineiros. Isso pode ser feito de várias formas, com planilhas no computador, aplicativos no celular ou, até mesmo, fazendo anotações em um caderno.
A ideia é a seguinte: analise as grandes despesas que você tem e crie categorias principais para organizá-las e entender alguns padrões. Por exemplo:
- alimentação (supermercados, padaria, hortifruti, açougue);
- saúde (plano de saúde, remédios, vitaminas, academia);
- educação (escola, faculdade, cursinhos);
- transporte (combustível, seguro, táxi, ônibus, metrô);
- moradia (aluguel, condomínio, água, energia, internet, telefone, TV a cabo);
- extras (clube, restaurantes, compras supérfluas).
Em seguida, você deverá criar um calendário de gastos eventuais, no qual colocará despesas periódicas, tais como IPVA e seguro (caso tenha um veículo), Imposto de Renda, férias e eventos, como aniversários, Natal e ano novo.
Após traçar esse perfil, desenhe também o seu fluxo de ganhos. Se você tem um recebimento fixo, basta colocá-lo em uma coluna reservada às entradas. Se é variável, vale a pena analisar o ano anterior e fazer uma média para inserir como ganho mensal.
Se estiver comprando juntamente com o cônjuge, vocês deverão fazer essa planilha juntos, para analisar os gastos e ganhos dos dois e compreender como vocês poderão se organizar para fazer essa aquisição tão importante.
2. Enxugue custos e corte exageros
Com a sua planilha de análise de entradas e saídas completa, chegou a hora de estudá-la para entender em que categoria é possível fazer cortes. Existem itens que não podem ser reduzidos, como o valor do aluguel, do condomínio, de escolas e cursinhos. Aponte-os como gastos fixos e parta para os outros para ver onde pode economizar.
Um bom começo é nas despesas frequentes variáveis, por exemplo, a parte de alimentação e transporte. Não é necessário piorar sua qualidade de vida para economizar, mas é essencial ter um controle rígido para não gastar mais que o necessário. Algumas dicas:
- vá ao supermercado menos vezes ao mês e prefira grandes compras a comprinhas avulsas. Como é muito difícil só comprar o que está listado, a cada visita você gasta mais do que o previsto e acaba deixando de economizar;
- quando houver um produto de uso constante em promoção, compre vários itens de uma só vez e estoque;
- faça a conta para ver se vale a pena abastecer com álcool ou gasolina e veja se é possível fazer mais trajetos a pé, ou usar aplicativos de transporte com preços promocionais;
- use lâmpadas econômicas, observe o consumo de água e o número de aparelhos ligados na sua casa e tente criar metas de economia;
- compare os preços de planos de saúde, remédios, alimentos, academias, operadoras de TV a cabo e celular e opte sempre pela melhor relação custo e benefício.
Após enxugar os gastos, vá para a sua categoria de extras e veja tudo que pode ser reduzido ou cortado. Compre somente o que precisa e tenha um estilo mais minimalista. No momento de se divertir, não acabe com sua vida social, mas opte por programas e viagens mais econômicos ou tente reduzir a frequência das saídas que geram grandes gastos.
3. Crie metas de economia
Após analisar as entradas, as saídas e ver onde você pode economizar, comece a gerar metas para si mesmo. O ser humano funciona através de motivações pessoais e objetivos claros, por isso, crie desafios e lute para vencê-los. A recompensa será algo para a vida toda: a casa própria.
Sabemos que é difícil alterar os hábitos, logo, você deve ir aos poucos. Comece com 10% de economia ao mês e vá analisando sua performance durante certo período. Quando ver que já está guardando esse percentual com facilidade, aumente para 15, depois 20 e assim por diante até chegar em 30%.
4. Faça suas economias crescerem
Se você está se esforçando para reduzir gastos para guardar dinheiro, mas deixa a quantia economizada parada, com certeza não está potencializando suas economias. A melhor coisa é investir o valor que você reservar todo mês de forma que ele fique seguro e rendendo.
Assim suas economias crescem sem que precise se esforçar para isso e você consegue alcançar suas metas com maior rapidez. O ideal é escolher um tipo de investimento mais conservador, que tenha uma taxa de rendimento fixa e baixo risco.
Fundos de renda fixa que têm uma boa taxa de juros e rendem mais do que a poupança são excelentes para manter esse dinheiro crescendo sem se preocupar com baixas no mercado.
5. Compreenda o mercado
Com seu planejamento financeiro já estruturado, chegou a hora de entender o mercado para saber o tipo de imóvel que você deseja e avaliar quanto ele custa. Conte com uma imobiliária de confiança para encontrar o lugar ideal, em um bairro seguro, com ótima infraestrutura e preço correto.
Liste, juntamente com sua família, as necessidades de cada um para saber o que é essencial em uma propriedade, como número de quartos, vagas e proximidades. Passe essas informações a um corretor para que vocês busquem juntos uma unidade que atenderá a todos. Com o preço final em mente, será mais fácil ajustar o planejamento e definir novas metas.
6. Conheça as formas de pagamento
Por último, você deve estudar as formas de pagamento do imóvel. Conte com a ajuda profissional para entender as possibilidades de compra. Vejamos a seguir quais são elas.
À vista
Ao optar pela quitação à vista, você deverá juntar todo o valor da propriedade para pagar de uma vez. Certamente será mais vantajoso, mas nem sempre é possível esperar tanto tempo para juntar todo o montante necessário.
Financiamento
Você pode escolher uma instituição financeira para parcelar a compra do bem, o que é bem interessante caso você não possa fazer todo o investimento de uma vez. O ideal é juntar uma entrada alta, de no mínimo 30% do valor total, e financiar o restante. Se ainda não tiver esse montante, poupe um pouco mais antes de comprar.
Estude os bancos, suas taxas, juros, período de financiamento, reajustes anuais e negocie para conseguir a melhor situação. Lembre-se de não comprometer mais de 30% da sua renda mensal nas parcelas. Você ainda tem a possibilidade de usar seu FGTS para diminuir ainda mais as parcelas e os juros.
Como você pode ver, o planejamento financeiro é essencial para a compra do primeiro imóvel, já que ele permite fazer uma análise profunda de ganhos e gastos, um controle de despesas eficaz e ainda incentivar a economia através das metas traçadas para atingir seu objetivo. Por isso, estude nossas dicas, veja qual funciona para a sua realidade e comece agora mesmo a economizar para adquirir a casa própria.
Gostou do post? Foi útil para começar o seu planejamento financeiro e trazer mais para perto a compra do seu primeiro imóvel? Então, aproveite para completar sua leitura com nosso artigo sobre os tipos de financiamento!